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segunda-feira, 12 de abril de 2010

j.lúdicos - 2ª parte

Continuação Jogos Lúdicos – 2ª parte
Para Leif, nada será feito em favor do aluno se os professores não se interessam diretamente por sua própria formação.
Segundo Makarenko, o professor não deve se opor à liberdade do aluno. Deve sim, reforçar a confiança, incentivar a autonomia do aluno, abrir os horizontes, promover a autogestão da coletividade pelo próprio aluno.
Uma educação que envolva os aspectos lúdicos do jogo/brincar distancia-se das concepções tradicionais que priorizam o repasse de conteúdos, a disciplina e o ordenamento sistêmico.
Muitas crianças na faixa etária de sete a doze anos parecem não demonstrarem desenvolvimento sócio-afetivos, cognitivos e psicomotores suficientes para dar continuidade, com sucesso, ao seu processo de desenvolvimento. Tal deficiência parece caracterizar-se pela falta de jogos e atividades lúdicas. Pois, a criança hoje em casa permanece horas diante da televisão, e na escola é transformada em ouvinte.
FREIRE (1991), acentua tal aspecto quando afirma:
Causa-se mais preocupação na escola ... ver as crianças que não sabem saltar que as crianças com dificuldades para ler e escrever... A criança apenas começou a aprender a pensar quando em ação corporal já deveria ser especialista. Os professores devem estar permanentemente preocupados com as habilidades motoras. Devem certificar-se de que seus alunos são capazes de correr, saltar, girar, rolar, trepar, lutar, lançar e pegar objetos, equilibrar-se, etc. Porém não devem esquecer-se que estas habilidades são a expressão de um ser humano, de um organismo integrado... Crianças são para ser educadas e não adestradas... de nada vale saber fazer sem compreender.Na verdade, o que a escola deve buscar não é que a criança aprenda esta ou aquela habilidade para saltar ou para (aprender) escrever, mas que através dela possa se desenvolver permanentemente.
Assim, o jogo é uma atividade que tem valor educacional.
Segundo Leif (1978), jogar educa, assim como viver educa:
A situação de jogo mobiliza os esquemas mentais, integrando as várias dimensões da personalidade afetiva, motora e cognitiva. O jogo se assemelha à atividade artística como um elemento integrador dos vários aspectos da personalidade. O ser que brinca e joga é, também o ser que age, sente, pensa, aprende e se desenvolve.
FROEBEL pregava uma pedagogia da ação. Ele dizia que a criança para se desenvolver não devia apenas olhar e escutar, mas agir e produzir. Essa necessidade de criação, de movimento, de jogo produtivo, deveria encontrar seu canal de expansão através da educação. Como a natureza da criança tende à ação, a instrução deveria levar em conta seus interesses e suas atividades espontâneas, considerando o trabalho manual, os jogos e os brinquedos infantis como função educativa básica, é através dos jogos e brinquedos que a criança adquire a primeira representação do mundo, é por meio deles também, que ela penetra no mundo das relações sociais desenvolvendo um senso de iniciativa e auxílio mútuo.
Os jogos devem ser utilizados nas atividades escolares para que estes supram as necessidades infantis, nos quais paralelamente aos trabalhos escolares, venha desenvolver-se. O jogo torna a educação agradável tem valor atrativo e educativo. Não se deve, no entanto, confundir escola com oficina. Cada uma possui suas especialidades, uma prepara para a vida, outra faz a vida.
Associar o entretenimento ao aprendizado, criando experiências divertidas que tenham fundo educativo, chama-se ludoinformação e o professor deve ter consciência dessa informação e refletir, analisar quais jogos propor.

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