Olha Eu aí no Centro da Foto...

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Mente x Idade

A ciência conseguiu identificar a base neurológica da sabedoria. A partir da meia-idade as pessoas podem até esquecer nomes, mas tornam-se – acredite – mais inteligentes
Marcela Buscato. Com Bruno Segadilha e Teresa Perosa

A partir de um certo momento da vida, que, para a maioria de nós, começa depois do aniversário de 40 anos, a grande questão neurológica se resume a uma pergunta: aonde diabos foram parar todos os nomes que eu esqueço? No início, desaparece o nome de uma atriz famosa. Depois, some o nome dos filmes que ela fez. Mais adiante, você não consegue achar no mar de neurônios o nome do famoso marido dela, muito menos o do outro ator, manjadíssimo, com quem ela contracenou em seu trabalho mais célebre. A débâcle ocorre no almoço de domingo em que você se percebe, diante da cara divertida de seus filhos, tentando explicar: “Aquele filme, com aquela atriz australiana, casada com aquele outro ator...”.

Essa, você já sabe – ou vai descobrir dentro de algumas décadas –, é a parte chata de um cérebro que bateu na meia-idade. Ela vem junto com muitas piadas e uma dose elevada de ansiedade em relação ao futuro. O que você não sabe, mas vai descobrir nas próximas páginas, é que existe outro lado, inteiramente positivo, das transformações cerebrais trazidas pelo tempo. “Conforme envelhecemos, o cérebro se reorganiza e passa a agir e pensar de maneira diferente. Essa reestruturação nos torna mais inteligentes, calmos e felizes”, diz a americana Barbara Strauch, autora de O melhor cérebro da sua vida. O livro, recém-lançado no Brasil pela editora Zahar, reúne argumentos que fazem a ideia de envelhecer – sobretudo do ponto de vista intelectual – bem menos assustadora do que costuma ser.

Editora de saúde do jornal The New York Times, um dos mais influentes dos Estados Unidos, Barbara resolveu investigar o que estava acontecendo com seu cérebro. Aos 56 anos, estava cansada de passar pela vergonha de encontrar um conhecido, lembrar o que haviam comido na última vez em que jantaram juntos, mas não ter a mínima ideia de como se chamava o cidadão. Queria entender por que se pegava parada em frente a um armário sem saber o que tinha ido buscar. Barbara não entendia como o mesmo cérebro que lhe causava lapsos de memória tão evidentes decidira, nos últimos tempos, presenteá-la com habilidades de raciocínio igualmente surpreendentes. Ela sentia que, simplesmente, “sabia das coisas”, mas, ao mesmo tempo, se exasperava com a quantidade imensa de nomes e referências que pareciam estar sumindo na neblina da memória. Como pode ser?
A capacidade de manter informações enraizadas em nossa
mente não sofre dano algum com a passagem do tempo

É provável que essa mesma pergunta já tenha passado pela cabeça de muitos que chegaram aos 40 anos rumo às fronteiras da meia-idade, um período cada vez mais dilatado em que podemos passar um tempo enorme de nossa existência. Com o aumento da expectativa de vida, a fase intermediária da vida, entre os 40 e os 68 anos, tornou-se uma espécie de apogeu. Nesses anos é possível aliar o vigor reminiscente da juventude à sabedoria da velhice que se insinua – desde que se saiba identificar, e abraçar, as mudanças que acometem o cérebro maduro. Ele já não é o mesmo que costumava ser. Mas as mudanças o transformaram num instrumento melhor. “Para o ignorante, a velhice é o inverno; para o sábio, é a estação de colheita”, diz o Talmude.

A jornalista Marília Gabriela, considerada a melhor entrevistadora do país, é especialista nas delícias e nos suplícios de um cérebro de meia-idade: “Eu não sei se é a idade ou se é o excesso de informações, mas eu esqueço o que as pessoas me dizem”. Aos 63 anos, Gabi, como é mais conhecida, pode até se esquecer de detalhes de conversas, mas mantém o raciocínio afiado para encurralar políticos e celebridades nos três programas apresentados por ela semanalmente. “Hoje, sou capaz de fazer análises rápidas sobre aspectos que as pessoas nem precisam me explicar”, afirma. “Leio nas entrelinhas, pego pelo olhar.”

A nova ciência do envelhecimento, retratada por Barbara em seu livro, conseguiu decifrar o caráter das mudanças por trás dessas percepções aparentemente contraditórias. Os pesquisadores aproveitaram a popularização das técnicas de ressonância magnética – nos últimos 15 anos, o número de estudos aumentou dez vezes – para flagrar o cérebro em pleno funcionamento. Eles descobriram que, sim, há um desgaste natural das células nervosas como se pensava. Mas ele é localizado e circunscrito, assim como seus prejuízos à mente.

Um estudo feito pela equipe do neurocientista americano John Morrison, da Escola de Medicina Monte Sinai, em Nova York, analisou o que acontece com alguns pequenos botões localizados no corpo dos neurônios. Eles ajudam a captar as informações. Os cientistas descobriram que apenas um tipo desses botões sofre com o envelhecimento. São os menores, envolvidos no processamento de novas informações – onde parei o carro, onde estão as chaves ou como chama a nova namorada do meu amigo? Quase 50% desses receptores perdem a atividade. Mas outro tipo, encarregado de lembrar de grandes acontecimentos e de informações enraizadas em nossa mente, como habilidades profissionais, não sofre dano algum.

Se alguns neurônios podem ser danificados pelo tempo, há outros – até mesmo regiões inteiras do cérebro – que passam a funcionar melhor. “O raciocínio complexo, usado para analisar uma situação e encontrar soluções, é aprimorado”, diz o psiquiatra americano Gary Small, diretor do Centro de Envelhecimento da Universidade da Califórnia em Los Angeles.

Aos 49 anos, o artista plástico Vik Muniz está no auge de sua carreira. O sucesso, claro, é consequência da carreira produtiva iniciada aos 20 anos. Mas as habilidades aprimoradas por seu cérebro ao longo dos anos também têm seu quinhão de influência sobre o sucesso recente. Em 2008, foi o primeiro brasileiro a organizar uma mostra no museu de arte moderna de Nova York, o MoMa. Em 2007, começou o projeto Fotografias do Lixo no Jardim Gramacho, uma comunidade de catadores de lixo no Rio de Janeiro. Muniz recriou os personagens que encontrou e produziu algumas de suas mais belas obras. O processo de trabalho foi filmado e virou o documentário Lixo extraordinário, que concorreu ao Oscar da categoria neste ano. “Agora, sou uma pessoa mais focada e objetiva. Vou diretamente aos assuntos, não tenho tempo a perder”, diz Muniz. “Em poucos minutos de conversa já sei, por exemplo, com quem conseguirei desenvolver uma relação mais íntima.”

Um casal de pesquisadores comprovou o que Barbara, Gabi e Muniz sentem na prática. Os psicólogos americanos Warner Schaie e Sherry Willis, professores da Universidade de Washington, criaram em 1956 um projeto de pesquisa para acompanhar o desenvolvimento de 6 mil voluntários durante décadas. Esse tipo de estudo é o mais preciso que existe, uma vez que permite aos cientistas avaliar quanto uma pessoa amadureceu emocionalmente e quais habilidades cognitivas aprimorou.

A cada sete anos, Warner e Sherry submetiam os voluntários a uma bateria de testes de inteligência. Eles tinham de responder a questões que mediam a habilidade verbal (encontrar sinônimos para uma palavra), a memória verbal (lembrar palavras lidas em uma lista), a orientação espacial (virar símbolos e objetos), a capacidade de resolver problemas (completar sequências lógicas) e a habilidade numérica (problemas de adição e subtração).
Entre os 40 e os 60 anos, as habilidades verbale de resolução de problemas melhoram muito

A compilação de anos de estudo mostrou que os voluntários tiveram melhor desempenho em três habilidades – verbal, espacial e resolução de problemas – entre os 1940 anos e 1960 anos. Após esse período, havia um declínio nítido na pontuação dos voluntários. Mas cada pessoa apresentava um declínio maior em uma ou duas habilidades, nunca em todas as cinco.
No auge da vida
Pesquisadores acompanharam 6 mil voluntários por 50 anos. Descobriram que habilidades associadas à inteligência chegam ao ápice na meia-idade
Reprodução
Fontes: Schaie, K. W. & Zanjani, F. (2006). Intellectual development across adulthood, In c. Hoare (Ed.), Oxford handbook of adult development and learning. (pp. 99-122) New York: Oxford University Press

As transformações do cérebro que explicam a melhora das habilidades cognitivas durante a meia-idade estão entre as descobertas mais interessantes da ciência nos últimos tempos. Elas revelam as origens biológicas da sabedoria trazida pela maturidade. Os cientistas descobriram que a facilidade para raciocínios complexos pode ser explicada por mudanças físicas no cérebro. A camada de mielina, um tipo de gordura que reveste as células nervosas e faz com que as informações viagem mais rápido, aumenta progressivamente com o passar dos anos e atinge seu pico por volta dos 50 anos. “No começo da vida, os circuitos motores e os encarregados pela fala recebem a maior parte da mielina”, diz o neurologista George Bartzokis, pesquisador da Universidade da Califórnia, responsável pela descoberta. “À medida que envelhecemos, os circuitos que permitem analisar contextos e que nos fazem ficar mais espertos são os que recebem mais mielina.”

Os pesquisadores também descobriram que, conforme envelhecemos, mudamos o padrão de ativação cerebral. Isso significa que acionamos áreas diferentes das usadas anteriormente para fazer as mesmas tarefas. A região frontal do cérebro, encarregada da racionalidade, passa a concentrar a maior parte das atividades. A área posterior da cabeça, onde estão algumas das estruturas ligadas a nossas respostas emocionais, é acionada com menos frequência. Outra mudança significativa: para realizar a mesma tarefa de adultos jovens (de até 30 anos), os mais velhos usam mais áreas do cérebro. Em vez de usar regiões de apenas uma metade do cérebro, passam a usar as duas. Os cientistas ainda não estão certos sobre o que essas mudanças representam. Há duas possibilidades. A primeira, menos agradável, é que o cérebro esteja ficando velho a ponto de não reconhecer mais as áreas encarregadas de cada atividade. A segunda hipótese é mais reconfortante: o cérebro pode, sim, estar ficando velho. Mas, ao redirecionar funções para áreas diferentes e para mais regiões, dá mostras de que é capaz de se adaptar e manter seu bom funcionamento.

“Não sabemos qual das duas hipóteses é verdadeira”, diz a neurocientista Cheryl Grady, pesquisadora da Universidade de Toronto, no Canadá, e uma das primeiras a notar mudanças no padrão de ativação. “Provavelmente, as duas estão certas. Para algumas tarefas, o cérebro pode perder a precisão. Para outras, pode usar mecanismos compensatórios.”

É irresistível pensar que, talvez, a superativação do cérebro, representada pelo uso simultâneo de várias áreas, possa estar por trás das melhoras de raciocínio relatadas por quem está na meia-idade – e comprovadas pelos pesquisadores. Os cientistas descobriram que um sistema muito especial do cérebro, formado por circuitos localizados em camadas profundas do órgão, está constantemente ativado nos adultos de meia-idade. O sistema, chamado de modo- padrão, é usado nos momentos de reflexão, quando pensamos sobre o que aconteceu recentemente, fazemos balanços e traçamos planos para nós mesmos. Os pesquisadores concluíram que os adultos simplesmente não conseguem desligar o modo-padrão, algo que os jovens fazem quando estão envolvidos em uma tarefa. Os adultos, mesmo quando estão concentrados, continuam o bate-papo interno com eles mesmos.

“O modo-padrão do cérebro ainda é um completo mistério”, diz a neurocientista Patricia Reuter-Lorenz, pesquisadora da Universidade de Michigan. Estar em constante reflexão pode nos tornar distraídos, mas também pode ajudar a ter boas ideias. Isso explicaria por que adultos de meia-idade têm o raciocínio afiado, embora não lembrem onde puseram a carteira.

O cérebro de meia-idade pode ganhar habilidades surpreendentes conforme envelhecemos, mas isso não acontece com todos. Os cientistas perceberam que só os adultos que sempre tiveram hábitos saudáveis e vida intelectual ativa apresentaram a superativação. Há indícios de que a prática frequente de exercícios físicos promove o nascimento de novos neurônios em uma região do cérebro associada à memória. E atividades que desafiam o cérebro, como aprender uma nova língua ou até mesmo exercícios de memória, evitam que áreas do cérebro “enferrugem”. É como se essas atividades criassem uma reserva de neurônios que pode ser usada pelo cérebro quando ele entra em declínio. “Se a pessoa conseguiu criar uma boa reserva, é provável que tenha mais mecanismos para suprir deficiências causadas pelo envelhecimento”, diz o neurologista Ivan Okamoto, pesquisador do Instituto da Memória da Universidade Federal de São Paulo.
Adultos que têm hábitos saudáveis e mente ativa
mostram cérebro de alto desempenho na meia-idade

Há poucos anos, a meia-idade costumava ser considerada uma fase de crises, desencadeadas pela percepção dos primeiros lapsos de memória. Eles seriam sinal inequívoco da aproximação da velhice e, consequentemente, da morte. A percepção da brevidade da vida despertaria um conjunto de comportamentos chamado pelo psicólogo canadense Elliott Jaques de crise da meia-idade – sim, a famosa. Entre os sintomas descritos por Jaques no artigo de 1965 que deu origem ao termo estão “preocupação doentia com a saúde e a aparência”, “promiscuidade sexual” e “ausência de verdadeiro prazer em viver”. Esse tipo de comportamento pode ser facilmente encontrado entre pessoas de meia-idade, mas o conceito não tem base científica.

Jaques propôs sua teoria ao analisar casos de artistas que teriam mudado o estilo de suas obras após os 40 anos – um grupo pequeno e específico demais. Um dos estudos mais abrangentes a averiguar o nível de bem-estar nessa fase da vida mostrou que a maioria das pessoas se diz mais feliz do que antes. Segundo levantamento com 8 mil americanos da Fundação MacArthur, instituição privada de fomento à pesquisa nos Estados Unidos, apenas 5% dos entrevistados apresentavam reclamações. E, mesmo entre esses, a maioria já enfrentara problemas semelhantes em outras épocas – o que isentaria a culpa da meia-idade.

Aos 52 anos, o físico Marcelo Gleiser, professor do Dartmouth College, nos Estados Unidos, diz ter encontrado serenidade, e não angústia. “Quando você fica mais velho, torna-se mais calmo e seguro”, afirma. Ele diz ser capaz de escolher desafios com mais critério, para concentrar tempo e energia em problemas que possa resolver. “Conhecer os próprios limites dá paz de espírito.” Os estudos de neurociência sugerem que essa pacificação interior também está relacionada a alterações do cérebro. A equipe da psicóloga Mara Mather, da Universidade do Sul da Califórnia, mostrou imagens tristes e repulsivas a voluntários maduros e a jovens. Concluiu que nos mais velhos a área do cérebro responsável pelas emoções reagia menos às figuras negativas. Concluiu que era um sistema de proteção. O cérebro parecia escolher dar menos atenção ao lado ruim da vida. Há nisso mais inteligência e sabedoria do que um cérebro jovem talvez seja capaz de perceber.
Marcela Buscato. Com Bruno Segadilha e Teresa Perosa

reprodução/Revista Época

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

terça-feira, 23 de agosto de 2011

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

domingo, 21 de agosto de 2011

sábado, 20 de agosto de 2011

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Memória

A fisetina é uma substância que se encontra no morango, pêssego, uva, kiwi, tomate, maçã e também na cebola e espinafre. Segundo o Instituto Salk, na Califórnia (EUA), essa substância vem sendo considerada fundamental para manter a memória jovem, porque sua função é estimular a formação de novas conexões entre os neurônios (ramificações) e fortalecê-las. Os alimentos deste grupo contêm substâncias que facilitam a comunicação entre os neurônios, aumentando também a capacidade de pensar, se concentrar, aprender e memorizar. Confira abaixo alguns nutrientes e minerais amigos do cérebro:

- Zinco, Selênio, Ferro e Fósforo: Sais minerais que participam de inúmeras trocas elétricas e mantêm o cérebro acordado e ativo (elétrico). Presente em todas as sementes e grãos, em raízes e nas folhas verde escuro, iogurtes.

- Vitamina E: Poderosa ação antioxidante. Presente em todas as sementes e grãos, como também em óleos vegetais prensados a frio.

- Vitamina C: Famosa ação antioxidante. Presente nas sementes frescas e cruas que foram pré-geminadas, assim como na maioria das frutas.

- Vitaminas do complexo B: Regulam a transmissão de informações (as sinapses) entre os neurônios, presente nas sementes e nas fibras dos alimentos integrais e proteínas.

- Bioflavonoides: São polifenois com forte ação antioxidante. Além das sementes, são encontrados também no limão, frutas cítricas, uva e nas folhas verde escuro.

- Colina: Participa da construção da membrana de novas células cerebrais e na reparação daquelas já lesadas. Presente na gema do ovo e em todas as sementes e grãos (predominância na soja), como também em óleos vegetais prensados a frio.

- Acetil-colina: Um neurotransmissor, fundamental para as funções de memorização no hipocampo. Presente na gema do ovo e em todas as sementes e grãos (predominância na soja), como também em óleos vegetais prensados a frio.

- Fitosterois: Estimulante poderoso do sistema de defesa do organismo, reduzindo proliferação de células tumorais, infecções e inflamações. Presente em todas as sementes e grãos, como também em óleos vegetais prensados a frio.

- Fosfolipídeos (entre eles a Lecitina): Funcionam como um detergente, desengordurando todos os sites por onde passa. Além disso, participam na recuperação das estruturas do sistema nervoso e da memória. Presente em todas as sementes e grãos (predominância na soja), como também em óleos vegetais prensados a frio.

- Ômega-3: Funciona como um antiinflamatório poderoso, evitando a morte dos neurônios. Existem somente três fontes: os peixes de águas frias e profundas e as sementes de linhaça e prímula.

- Carboidratos: A glicose é a energia exclusiva do cérebro. Por isso, ficar muito tempo sem comer carboidratos diminui a atividade mental. Carboidratos complexos (pão, batata, grãos) são absorvidos mais lentamente, fornecendo energia de forma regular. Já o açúcar dos doces é absorvido tão rapidamente que é armazenado como gordura, sem fornecer energia de modo constante.

- Cafeína: É um potente estimulante do sistema nervoso central. Tem efeitos positivos, como aumento da disposição física e diminuição do sono. Em excesso, causa danos à memória. Café e chá verde.

- Triptofano: Aminoácido que atua no sono e na performance cerebral. Pode ser encontrado no leite, queijo branco, nas carnes magras e nozes.
Dr. Daniela Cyrulin

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

sábado, 13 de agosto de 2011

Feijões x Problemas...

FEIJÕES E PROBLEMAS ...

Reza a lenda que um monge, próximo de se aposentar precisava encontrar um sucessor.

Entre seus discípulos, dois já haviam dado mostras de que eram os mais aptos, mas apenas um poderia sucedê-lo. Para sanar as dúvidas, o mestre lançou um desafio para colocar a sabedoria dos dois à prova.

Ambos receberam alguns grãos de feijão que deveriam colocar dentro dos sapatos, para então empreenderem a subida de uma grande montanha.

Dia e hora marcados, começa a prova.

Nos primeiros quilômetros, um dos discípulos começou a mancar.

No meio da subida, parou e tirou os sapatos. As bolhas em seus pés já sangravam, causando imensa dor.

Ficou para trás, observando seu oponente sumir de vista.

Prova encerrada, todos voltam ao pé da montanha para ouvirem do monge o óbvio anúncio.

Após o festejo, o derrotado aproxima-se e pergunta ao seu oponente como é que ele havia conseguido subir e descer com os feijões nos sapatos:

- Antes de colocá-los no sapato, eu os cozinhei - foi a resposta. Carregando feijões ou problemas, há sempre um jeito mais fácil de levar a vida. Problemas são inevitáveis. Já a duração do sofrimento é você quem determina....

APRENDAMOS A COZINHAR NOSSOS FEIJÕES!!!!
Desconheço o autor

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Para você que passa sempre por aqui todo meu carinho...

[link=http://www.scraps-animados.com]
[/link]

[b]Mais recados? http://www.scraps-animados.com[/b]

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Para todos vocês...

Ache essas e outras imagens no site Mensagens & Imagens

[red][b]Mande mais imagens pelo site www.mensagenseimagens.com.br[/b][/red]

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Conjuntivite

A conjuntivite é a inflamação da conjuntiva: membrana delgada que cobre a região branca do olho. Essa irritação provoca a dilatação dos vasos sanguíneos causando, dentre outros sintomas, vermelhidão, inchamento das pálpebras, coceira e lacrimejamento.

Tem origem infecciosa, alérgica ou pode ser resultado de exposição a algum agente irritante. Ocorre em apenas um ou nos dois olhos e, obviamente, apenas no primeiro caso é que ela será contagiosa, durando cerca de três dias, quando é feito o tratamento, e quinze dias na ausência deste. Nos dois outros casos citados, o afastamento do agente irritante cessará a reação.

A ausência ou não de secreção e, caso tenha, as características desta, é um dos principais fatores que indicará o tipo de conjuntivite que está se manifestando no indivíduo. Em caso de alergia e irritação química, por exemplo, a secreção é clara e pegajosa. Na conjuntivite viral, a mais frequente, há mais lacrimejamento do que secreção, esta de cor clara, e formação de uma pseudomembrana na pálpebra. Finalmente, no caso de uma conjuntivite bacteriana, o lacrimejamento dá lugar a uma secreção com pus e a visão permanece inalterada.

Para tratamento, o oftalmologista pode indicar, além de compressas com água fria, para aliviar os sintomas, colírios à base de cloreto de sódio. Produtos com antibióticos podem ser receitados, em casos de conjuntivites infecciosas; e anti-histamínicos em quadros alérgicos.

É muito importante que não se faça o uso de fármacos e tampouco água boricada sem auxílio médico, já que estes podem acentuar ainda mais a inflamação. Lavar as mãos com frequência e não coçar os olhos, além de prevenir este último problema em potencial, evita a contaminação do outro olho ou de outras pessoas. Por este mesmo motivo, deve-se interromper o compartilhamento de maquiagem, toalhas, piscinas e lentes de contato.

Outros cuidados incluem não encostar o frasco da pomada ou colírio nos olhos e lavar as mãos antes e depois de aplicar a medicação. Dando atenção a estas questões, a conjuntivite pode ser curada em torno de cinco dias, sem que outras pessoas sejam contagiadas.

Por Mariana Araguaia

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

A política externa brasileira

A política externa brasileira
Paulo Passarinho - 09/06/2011


Meu último artigo, onde fiz algumas considerações sobre a relação do nosso país com o FMI, procurou esclarecer alguns equívocos difundidos pelo governo e pela mídia dominante. Dentro dessa mesma linha, quero agora abordar alguns aspectos do que se denomina de política externa, e seu suposto caráter progressista, a partir de mudanças operadas no curso do governo Lula.
Primeiramente, é necessário destacar que a política externa de um país faz parte de um conjunto de políticas, que definem a natureza de um governo, e onde, politicamente, elas guardam entre si um grau de coerência que procuram conferir um mínimo de consistência entre os objetivos e meios que caracterizam uma determinada estratégia governamental.
Desse modo, e agora falando claramente do caso brasileiro, nossos diferentes governos pós-Plano Real têm procurado desenvolver iniciativas que buscam viabilizar a estabilidade macroeconômica do país, a partir de políticas de abertura financeira e produtiva, com concessões importantes ao capital estrangeiro e a grupos financeiros nacionais. Aposta-se que a eficiência dos mercados na alocação de recursos, e contando-se de sobremaneira com a chamada poupança externa, possa nos conferir crescimento econômico com distribuição de rendas.
O governo Lula, ao ser mais incisivo nas políticas de reajuste real do salário-mínimo e no volume de recursos destinados aos programas de transferência de renda, procurou capitalizar um viés progressista para a sua estratégia, como se esta fora diferente daquela adotada a partir de 1995, no Brasil.
Mas, foi nessa área da política externa que houve a tentativa de se apresentar mudanças mais significativas, inclusive reforçadas por análises – tanto à esquerda, quanto á direita – que corroboraram com a idéia de que estávamos a praticar uma política externa não somente à esquerda, mas especialmente soberana.
Análises de notórios acadêmicos lulistas, de orientação marxista, bem como políticos de oposição de esquerda, também ajudaram a forjar a idéia de que “a política do Itamaraty” seria o ponto alto da administração do governo que se iniciou a partir de 2003.

Cabe lembrar, particularmente aos que se reivindicam como de esquerda, ou marxistas, que desvincular a estratégia diplomática da essência do modelo econômico em curso é um exercício de contorcionismo pouco recomendável: se a macroeconomia é a dos bancos e transnacionais – o que parece ser um consenso -, como poderíamos praticar uma política externa que apontaria em outra direção?
A política externa de Lula procurou se pautar em torno de dois objetivos: a conquista de um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU – objetivo herdado do governo FHC – e a abertura e ampliação de novos mercados internacionais para as exportações brasileiras, também preocupação do governo tucano.
A conquista de uma vaga permanente no Conselho da ONU tem ensejado uma série de concessões do Brasil às pressões e exigências dos países imperialistas, tendo a frente os Estados Unidos. O principal exemplo disso, podemos lembrar, foi o envio de tropas brasileiras ao Haiti, em 2004, com o papel de comandar as tropas da ONU, após a deposição do presidente Jean-Bertrand Aristide, ocorrida de acordo com interesses dos Estados Unidos e da França.

Cabe a pergunta: onde se encontra a natureza soberana ou pretensamente progressista de um alinhamento desse tipo?

Outro exemplo gritante do paradoxo entre o discurso, a propaganda, e a realidade pode ser encontrado nas tratativas em que o governo brasileiro, junto com o governo da Turquia, se envolveu com o Irã, na busca de uma solução para os problemas desse país e seu programa nuclear. A ação dos governos da Turquia e do Brasil se deu em total sintonia com estratégia desenvolvida pelo governo Obama. E a iniciativa desses dois países obedeceu à solicitação explícita da Casa Branca, conforme carta enviada pelo presidente estadunidense aos presidentes dos dois países.

Apostando na recusa do governo de Teerã aos termos desse acordo, o objetivo dos Estados Unidos seria mostrar ao mundo a intransigência iraniana e viabilizar a aprovação de novas medidas retaliatórias àquele país. Contudo, na medida em que o Irã aceitou as propostas apresentadas, os Estados Unidos e seus aliados imperialistas foram obrigados a rechaçar os termos do acordo.

Onde estaria o progressismo da posição brasileira, que sequer teve uma clara disposição de denunciar a manobra – e traição – dos Estados Unidos? Cópia traduzida da carta de Obama, dirigida aos presidentes brasileiro e turco, se encontra em anexo a esse artigo.

Esse episódio ainda contou, para a sua mistificação, com a ajuda da direita. A mídia dominante do país criticou duramente Lula por essa iniciativa, bem como as raposas felpudas do Itamaraty, viúvas de FHC, não cansaram - e não se cansam - de fazer críticas negativas à posição brasileira, reforçando a falsa idéia de uma suposta posição independente, ou soberana, brasileira.

Porém, é no campo da política diplomática – terreno da retórica e das articulações políticas – que a conservadora estratégia do governo brasileiro na era Lula mais confunde, sem desprezar o papel que a esquerda, tonta ou oportunista, e a direita sem rumo prestam às equivocadas avaliações que tentam provar que a política externa adotada a partir de 2003 é avançada.

A confusão nasceu a partir de seus dois principais protagonistas, no Itamaraty. Celso Amorim e Samuel Pinheiro Guimarães fazem parte, de fato, do que um dia se chamou de ala nacionalista do ministério das Relações Exteriores. Particularmente, o embaixador Samuel tem relevantes contribuições reflexivas sobre a importância de o Brasil construir uma estratégia de desenvolvimento própria – reduzindo paulatinamente a influência negativa das injunções externas, na determinação de nosso destino como nação.

Entretanto, não se pode confundir a independência intelectual desses diplomatas, com os limites existentes à ação de cada um deles dentro de um governo.

Levando-se em conta que o sucesso do governo Lula foi negar o conflito inerente à sua vitória eleitoral, dada a sua posição política defendida até então, convertendo-se ao credo dominante e arrastando consigo o PT e demais partidos de esquerda, e dando sobrevida ao modelo dos bancos e transnacionais, com seria esse processo absorvido por nossa política externa?

A resposta a essa pergunta foi a incorporação, à política externa conservadora, de uma diplomacia aparentemente de esquerda. Passou-se a se utilizar de uma retórica progressista, para melhor viabilizar uma política externa estritamente vinculada aos interesses de construtoras, mineradoras, siderúrgicas e multinacionais de comercialização de alimentos. O objetivo era claro: ampliar nossas exportações – especialmente de produtos agro-minerais – para os quatro cantos do mundo, como forma de se criar saldos comerciais crescentes, elemento vital para a manutenção do modelo econômico em curso.

A própria posição brasileira em fóruns da OMC, como o que aconteceu em Cancun ou em Genebra, deixou claro que o governo brasileiro – conforme ocorre desde os tempos de FHC – procura articulações políticas pelo hemisfério sul, com o objetivo de forçar os países mais ricos a abrirem as suas fronteiras comerciais aos países produtores agrícolas. Para tanto, e esse é o problema mais grave, admite concessões – em termos de aberturas do nosso mercado doméstico, nas áreas industrial, de serviços e de compras governamentais – que não condizem com os interesses de outros países da periferia. Foi por essa razão, que o Brasil se isolou, em sua frágil posição, em relação a países como a Índia, Indonésia, Malásia ou a vizinha Argentina, dentre outros.

Com relação à Argentina, a posição brasileira de subalternidade aos países mais ricos ficou clara, durante o processo da renegociação soberana da dívida externa daquele país, junto aos seus credores. O governo brasileiro não somente não apoiou o nosso vizinho na bem conduzida negociação, como procurou dificultar os objetivos do governo de Nestor Kirchner.

É dentro desse complexo quadro, portanto, que se deve entender a aparente posição avançada da diplomacia brasileira, em vários momentos importantes, como foram os casos da tentativa de golpe contra Hugo Chávez; na solidariedade aos governos da Bolívia ou do Paraguai, em torno de suas respectivas bandeiras nacionalistas; ou mesmo na denúncia do ataque e ocupação do Iraque pelos Estados Unidos.

O que não se pode confundir é o objetivo maior da política externa, de viés diplomático aparentemente progressista: a afirmação e consolidação do modelo econômico - antinacional e antipopular – dos bancos e transnacionais.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Bohemian Grove: Reuniões de Globalistas, Ocultismo e Orgias

A História do Jogador Messi

Para os adeptos do Barça, a oitava maravilha é Messi.

Eis uma história, uma lição de vida, que encanta Camp Nou.

É uma desforra bem pessoal, a história do menino autista aos 8 anos, anão aos 13, que via o mundo a 1,10 metros do solo.

É esse mesmo, Lionel Messi, que botou corpo à base de tratamentos hormonais e que, 59 centímetros depois, encanta o mundo do futebol, naquele jeito singularíssimo de conduzir a bola colada ao genial pé esquerdo, como se o couro redondo fosse um mano siamês, uma mera extensão corporal, um órgão vital, inseparável.

Barcelona rende-se ao talento de "La Pulga" e os adversários caem aos pés de um talento puro e raro.

E por muito talento que tivesse para jogar à bola, estaria o rapaz consciente do destino glorioso que lhe estava reservado?

O miúdo de 16 anos que vestiu pela primeira vez a camisola da equipe principal do Barcelona num jogo com o F. C. Porto, a 16 de Novembro de 2003, na inauguração do Estádio do Dragão, o Lionel Messi que agora caminha sobre a água, é ainda o mesmo menino que sobrevoou o Atlântico, em 2000, para se curar de uma patologia hormonal.

Lá na Argentina, na Rosário natal, os prognósticos médicos eram arrasadores: sem tratamento eficaz contra o nanismo, Lionel chegaria à idade adulta com 1,50 metros, no máximo.

Os diagnósticos alarmaram os Messi.

E o custo dos curativos também: mil euros mensais, ou seja, quatro meses de rendimentos da família de La Heras, um bairro pobre de Rosário.

Mas o pai de Lionel não se resignou.

Sabia que o filho, pequeno no corpo, era gigante no talento.

E não aceitou a fatalidade.

Nessa altura, o prodígio de dez anos despontava no Newells Boys, fintando meninos com o dobro do tamanho e marcando gols atrás de gols.

O pai sugeriu ao clube que pagasse os tratamentos de Lionel.

A resposta foi negativa.

E o mesmo sucedeu quando os Messi foram bater à porta do grande River Plate.

Na adversidade, a família Messi teve mais força, com a ajuda de uma tia de Lionel, emigrada na Catalunha.

E foi assim, em 2000, ainda antes de completar 13 anos, que Lionel e os pais viajaram até Lérida.

Dias depois, o pequeno prodígio foi fazer testes no Barcelona...

E com a bola quase a dar-lhe pelos joelhos, aquela habilidade enorme logo maravilhou os treinadores do Barça.

Carles Rexach, director do centro de formação do Barcelona, ficou maravilhado com o prodigiozinho argentino.

Ao cabo de dois treinos, não hesitou e logo tratou de arranjar contrato.

E ficou espantado com a proposta do pai do craque: o Barça só tinha de lhe pagar os tratamentos que os médicos argentinos sugeriam.

Foi dito e feito.

Durante 42 meses, Lionel levou, todos os dias, injecções de somatropina, hormônio de crescimento inscrito na tabela de produtos proibidos pela Agência Mundial Antidopagem, e só autorizada para fins terapêuticos.

Em 2003, o milagroso hormônio fizera de Lionel o que ele é hoje, um rapagão de... 1,69 metros!

No Verão de 2004, acabadinho de fazer 17 anos, e já com contrato profissional, entrou para a equipe B do Barça.

Mas fez só cinco jogos, porque aquele enorme talento não cabia no "Miniestadi".

Reclamava palcos maiores.

E rapidamente começou a jogar no Camp Nou, na equipe principal.

Em 16 de Outubro de 2004, o prodígio fez a grande estreia na liga espanhola, num dérbi com o Espanhol.

Em 1º de Maio de 2005 entrou para a história do Barça: marcou ao Albacete e tornou-se no mais jovem jogador a marcar um gol pelo Barcelona.

Aos 17 anos, dez meses e sete dias, começou a lenda.

Cinco anos depois, Messi teve a consagração absoluta.

Foi eleito Melhor Jogador do Mundo de 2009, após uma época de sonho, concluída com um feito inédito do Barça "de las seis copas": campeão de Espanha, da Taça do Rei, da Supertaça Espanhola, da Supertaça Europeia, da Liga dos Campeões, do Mundial de Clubes. Ufff!

O craque que o Barça contratou pelo custo da terapia de crescimento é, hoje, a maior jóia do futebol mundial, segurada por uma cláusula de rescisão de... 250 milhões de euros!

E é, também, o mais bem pago de todos: o menino pobre do bairro de la Heras é, agora, multimilionário, recebendo qualquer coisa como 33 milhões de euros anuais em salários e publicidade.

Nem em contos...

Lionel Andrés Messi >> 23 anos (24/06/1987)

Nacionalidade: Argentina (os argentinos têm vergonha de não terem tratado do rapaz).

Títulos: campeão Espanha (2005, 2006, 2009, 2010 e 2011), taça do rei (2009); Supertaça Espanha (2005, 2006, 2009 e 2010); liga dos campeões (2006, 2009); supertaça europeia (2009); mundial de clubes (2009).

"GRANDE LIÇÃO DO PAI QUE NÃO DESISTIU DO SONHO:

CURAR O FILHO."
Não se focalizou no problema, mas sim na solução.

Desconheço o Autor