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quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

TOSSE CRONICA

Tosse crônica
É um sintoma caracterizado por tosse que perdura por mais de 20 dias. Pode ser um alarme do organismo a uma série de doenças que costumam passar desapercebidas, principalmente na fase inicial.

Existem várias zonas desencadeadoras da tosse: toda a região endo nasal e sinusal, faringeana, laringeana e pulmonar, além de áreas como o ouvido externo e médio, o esôfago e o estômago, o diafragma, e até mesmo, o coração e o cérebro. Apesar de cada caso ter algumas características peculiares, o diagnóstico diferencial nem sempre é fácil.

De acordo com vários autores, a causa mais comum de tosse crônica é a sinusite, seguida pelas faringites. Na maioria das vezes, há mais de uma causa, que deverão ser bem diagnosticadas para o seu correto tratamento. Segundo pesquisas, 70% da tosse persistente está relacionada à três fatores: sinusite, faringite de refluxo e problemas pulmonares.

Grande número de doenças sinusais passam desapercebidas, pois são pobres de sintomas, e são chamadas de sinusites latentes. Não costumam doer e, às vezes, são catalogadas como rinites alérgicas, pois o nariz é um órgão de defesa, muito reativo. Certos procedimentos cirúrgicos endonasais costumam diminuir a inervação parassimpática, responsável por esta hiper reatividade alérgica, além de eliminar os defeitos anatômicos e as patologias.

Alterações endonasais que modificam a coluna aérea, comprimindo-a, ou retificando-a, de forma que a mesma passe por baixo, fazem com que o ar inspirado não seja devidamente umidificado e como consequência, resseca a região faringeana, traumatizando-a e por isso, surge a faringite. O nariz umidifica o ar em noventa por cento, além de esquentá-lo e purificá-lo.

Alterações da coluna aérea e a dificuldade de respirar pelas narinas, criam uma maior pressão negativa na garganta, fazendo com que o véu palatino, tecido muscular que se situa na porção posterior do palato duro (céu da boca), cresça e encoste na parede posterior da faringe, gerando cócegas e dando a sensação de um pigarro preso na garganta. Além da tosse, o véu palatino é ainda, causador do ronco.

A respiração pela boca é errada e também resseca e irrita a faringe, causando a tosse e o mau hálito.

O médico otorrino deverá submeter o paciente a exames bem precisos e detalhados com aparelhos que magnificam e filmam as imagens, colhendo material nas regiões profundas do nariz a fim de detectar anomalias e secreções purulentas que poderão passar desapercebidas à radiografia simples ou à tomografia computadorizada.

Os pulmões deverão ser pesquisados através de exames, como os radiológicos e laboratoriais, a fim de se diagnosticar certas patologias, à exemplo dos tumores e da tuberculose, principalmente quando a tosse for produtiva.

Atenção redobrada deverá ser dada aos idosos com pneumonia, pois ela poderá ser aspirativa, consequente do enfraquecimento da musculatura da deglutição, muitas vezes relacionado ao hipotireoidismo e ao uso de determinados medicamentos. Em certos casos a gastrostomia será indicada.

O fumante, portador de tosse crônica, não deve acomodar-se, supondo que o mal seja exclusividade do fumo, pois é comum a associação com outras doenças. Pacientes asmáticos também devem ser pesquisados pois há íntima relação com as rino-sinusopatias, 60% têm sinusite.

O tratamento da tosse crônica será realizado em função dos resultados dos exames pois, pouco adiantará se não erradicarmos as causas da doença.


Fonte: http://www.seronni.med.br/018.html

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